quarta-feira, 30 de novembro de 2011

TDAH - VANTAGENS E DESVANTAGENS

O TDAH é geralmente considerada como uma desvantagem na vida, com seus traços característicos da desatenção levando a problemas na escola e em casa.
Entretanto, o professor Michael Fitzgerald disse no encontro anual do Royal College of Faculty of Academic Psychiatry que poderia ser uma vantagem.


Claramente , TDAH não é uma garantia de ser um gênio, mas pode permitir um gênio criativo florescer. O professor Michael Fitzgerald alegou que foi possível identificar traços de TDAH em uma lista de figuras históricas, como Júlio Verne, Mark Twain, Sir Walter Raleigh, Thomas Edison, Oscar Wilde, James Dean, Clark Gable e até mesmo Che Guevara.


O professor relatou: “Os mesmos genes que estão envolvidos no TDAH também pode estar associada a comportamentos de risco. (..) ”Enquanto esses impulsos podem ser problemáticas ou mesmo auto-destrutivo – ocasionalmente levando as pessoas para a delinquência, a toxicodependência ou a criminalidade, eles também podem levar a terra tremer avanços nos campos das artes, da ciência e da exploração.”

Ele disse que Kurt Cobain, compositor e vocalista do Nirvana, tinha uma capacidade “surpreendente” de se concentrar ao escrever músicas. ”As pessoas com TDAH apresentam sintomas de desatenção, mas muitas vezes eles também têm uma capacidade de hiper-foco em uma área restrita, que é de particular interesse para eles.” (..)Claramente TDAH não garante um gênio, pode permitir a um gênio criativo florescer“.


Apesar de existirem potenciais armadilhas no diagnóstico por evidência histórica, o professor Fitzgerald apontou para pistas como a vida do “turbulento” Lord Byron , com evidências de que ele começou a ter problemas na escola e um comportamento criminoso quando adulto. Esta não é a primeira vez que os acadêmicos se voltam para os livros de história para dar exemplos de figuras famosas que podem ter sido moldadas por transtornos psiquiátricos. Ele sugeriu em um livro de 2004 que Mozart, George Orwell e Andy Warhol poderiam ser encaixados no espectro autista.
A professora Barbara Sahakian, um psicóloga clínica do Hospital Addenbrooke, em Cambridge, disse que seria difícil fazer um diagnóstico positivo de TDAH a menos que a documentação escrita fosse muito detalhada. ”Você precisaria de um diário que, basicamente, respondesse todas as perguntas que eu gostaria de perguntar se a pessoa estivesse na minha frente no consultório.” Ela disse que da mesma forma que traços suaves da TDAH poderiam ser uma vantagem, as versões mais graves da doença poderiam ser muito debilitantes para o indivíduo.
Interessante, não? Só tenho um comentário a fazer: “minha irmã tem um transtorno de atenção, mas ela não se encaixa bem na definição de gênio” kkkk (mas é MUITO esforçada, viu? ama estudar!).
Ana Katharina Leite
Fonte: BBC News
 
CULINÁRIA SAUDÁVEL PARA O VERÃO...
 
 

No verão, os cuidados que devemos ter com o corpo não é apenas em relação a proteção solar.

Ele diz respeito ao nosso cardápio também.

Durante o verão, as pessoas costumam adquirir hábitos alimentares diferentes do ano todo. As comidas que consumimos servirá até mesmo para auxiliar em um bom bronzeado de verão e na proteção da pele aos raios solares.

A comida deve ser leve. Uma alimentação saudável e com muita hidratação. Então, nada de feijoadas ou comida pesada no verão.



O ideal é comer comida light, que além de serem ricas em vitaminas e nutrientes, colaboram para não adquirir aqueles quilinhos a mais que aparecem no biquíni.

O recomendável é ingerir alimentos refrescantes e fáceis de serem digeridos, como saladas, verduras, legumes e frutas, o que torna as refeições mais agradáveis e saudáveis.

Tente três porções de saladas, frutas e legumes por dia.

Abuse nas saladas cruas, pois são leves, de fácil digestão, refrescantes e saudáveis, ricas em fibras vitaminas e minerais. Você pode temperá-las com azeite (sem abusar), vinagre, limão.

Durante o verão, a pele fica muito ressecada. Apenas os hidrantes não resolvem. Ingerir muito líquido é importante, de preferência água, de dois a três litros por dia.

Água de coco e suco natural vão muito bem.

Para consumir, prefira peixes grelhados, assados e cozidos tipo salmão, sardinha e atum, pois são fontes de ômega-3, um nutriente eficaz no combate às manchas e ao ressecamento da pele. A sardinha é rica em silício, importante para a beleza da pele.

Inclua em todas as refeições alimentos integrais, pois são ricos em nutrientes e fibras, dando a sensação de saciedade e regularizando o funcionamento do intestino.

Sanduíches leves e magros é uma boa opção.

Para ajudar a manter um corpo bonito neste verão, se policie sempre. Nada de atender aos desejos de grandes pizzas de mussarela ou pipocas com bacon.

Siga as dicas corretamente e hidrate-se muito.

Duas receitas light para você este verão.
Sanduíche de Cottage e azeitona


2 fatias de pão de fôrma integral light
* 3 azeitonas verdes picadas
* 2 colheres (sopa) de queijo cottage
Misture bem as azeitonas picadas com o queijo cottage. Espalhe nas duas fatias de pão.
159 calorias

Salmão com abacaxi grelhado

Receita de Salmão com abacaxi grelhado light
2 postas de salmão (250 g)
2 fatias grossas de abacaxi
200 g de shimeji (shitake ou champignon)
1 colher (chá) de mel
1 colher (sopa) de manteiga light
2 colher (sopa) de azeite extra virgem
2 dentes de alho picados
sal a gosto
1/2 limão pequeno
salsa bem picadinha

Tempere as postas de salmão com o sal e o azeite. Grelhe em uma frigideira antiaderente. Reserve em forno aquecido. Na mesma frigideira, aqueça a manteiga, acrescente o mel e o abacaxi e deixe caramelizar. Em uma frigideira à parte, doure o alho na manteiga e, depois, salteie os cogumelos. Tempere com o sal e pingue algumas gotas de limão. Monte o prato: faça uma camada de shimeji e, por cima, o salmão. Decore com o abacaxi e salpique com a salsa.

30 minutos de preparo
Rende 2 porções
280 calorias
 
 
 

domingo, 27 de novembro de 2011

Sobre a Saúde do Trabalhador
Em vigor desde 2004, a Política Nacional de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde visa à redução dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, mediante a execução de ações de promoção, reabilitação e vigilância na área de saúde.

Suas diretrizes, descritas na
Portaria nº 1.125 de 6 de julho de 2005
, compreendem a atenção integral à saúde, a articulação intra e intersetorial, a estruturação da rede de informações em Saúde do Trabalhador, o apoio a estudos e pesquisas, a capacitação de recursos humanos e a participação da comunidade na gestão dessas ações.

A
Renast, regulamentada pela Portaria nº 2.728/GM de 11 de novembro de 2009
, é uma das estratégias para a garantia da atenção integral à saúde dos trabalhadores. Ela é composta por Centros Estaduais e Regionais de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) - ao todo, até novembro de 2009, 178 unidades espalhadas por todo o País - e por uma rede de 1.000 serviços sentinela de média e alta complexidade capaz de diagnosticar os agravos à saúde que têm relação com o trabalho e de registrá-los no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-NET).

Os
Cerest
recebem recursos financeiros do Fundo Nacional da Saúde, de R$ 30 mil para serviços regionais e R$ 40 mil para as unidades estaduais, para realizar ações de promoção, prevenção, vigilância, assistência e reabilitação em saúde dos trabalhadores urbanos e rurais, independentemente do vínculo empregatício e do tipo de inserção no mercado de trabalho.

Além disso, em esfera interinstitucional, o Ministério da Saúde desenvolve uma política de ação integrada com os ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência Social, a Política Nacional sobre Saúde e Segurança do Trabalho (PNSST), cujas diretrizes compreendem:
I - Ampliação das ações, visando a inclusão de todos os trabalhadores brasileiros no sistema de promoção e proteção da saúde;
II - Harmonização das normas e articulação das ações de promoção, proteção e reparação da saúde do trabalhador;
III - Precedência das ações de prevenção sobre as de reparação;
IV - Estruturação de rede integrada de informações em Saúde do Trabalhador;
V - Reestruturação da formação em Saúde do Trabalhador e em segurança no trabalho e incentivo à capacitação e à educação continuada dos trabalhadores responsáveis pela operacionalização da política;
VI - Promoção de agenda integrada de estudos e pesquisas em segurança e Saúde do Trabalhador.
Reflexões de Oriza Martins

TABAGISMO ...

Tabagismo
Ainda segundo a OMS, o fumo é uma das principais causas de morte evitável, hoje, no planeta. Um terço da população mundial adulta – cerca de 1,3 bilhão de pessoas – fuma: aproximadamente 47% da população masculina e 12% da população feminina fazem uso de produtos derivados do tabaco. Nos países em desenvolvimento, os fumantes somam 48% dos homens e 7% das mulheres, enquanto nos desenvolvidos, a participação do sexo feminino mais do que triplica, num total de 42% de homens e 24% de mulheres fumantes.

No Brasil, pesquisa realizada recentemente pelo Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional de Câncer (Inca), indica que 18,8% da população brasileira é fumante (22,7% dos homens e 16% das mulheres).

Uma grande parcela do investimento em marketing feito pela indústria do tabaco é direcionada a atrair crianças e adolescentes.

Além de embalagens coloridas e com designs elaborados, a indústria introduziu uma ampla variedade de aromas e sabores atraentes, capazes de mascarar o gosto amargo de todos os produtos derivados do tabaco.

Ao torná-los mais atraentes e agradáveis ao paladar ou com maior potencial de causarem dependência, esses aditivos aumentam, consequentemente, a possibilidade de causar danos à saúde.

Os aditivos estão nos cigarros, charutos, tabaco sem fumaça, kreteks, bidis e narguilé. Açúcar, mel, cereja, tutti-frutti, menta, baunilha e chocolate, entre outros sabores, visam mascarar tanto o gosto ruim do tabaco, quanto a irritação e a tosse que sua fumaça provoca; e, assim, facilitar a primeira tragada e o desenvolvimento da dependência à nicotina.

Vários estudos indicam que os adolescentes são especialmente vulneráveis a esses efeitos e têm maior probabilidade que os adultos de ficar dependentes do tabaco. Muitos dos aditivos, inclusive o açúcar, ao serem queimados durante o ato de fumar, se transformam em substâncias altamente tóxicas e cancerígenas.
O único objetivo da indústria ao acrescentar sabores e aromas ao tabaco é atrair você.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Acupuntura Auricular- Dicas & Benefícios

A acunputura é um método milenar da medicina tradicional chinesa o que poucas pessoas sabem são os benefícios que podemos conseguir utilizando esse método.

A acupuntura auricular ou aurículo-acupuntura é um dos métodos de tratamento da acupuntura que se utiliza de pontos específicos localizados no pavilhão auricular.

A estimulação desses pontos reflete diretamente no córtex cerebral, no sistema nervoso central e atua no equilíbrio dos canais de energia do corpo, restaurando e mantendo o fluxo energético no organismo.

 

TRATAMENTO...

 

No tratamento da acupuntura auricular, agulhas finíssimas são espetadas em pontos-chave da orelha por 20 a 30 minutos para estimular diversos regiões ou pontos do corpo. São utilizadas pequenas agulhas semi-permantentes, que ficam na orelha por até uma semana ou sementes de diversas plantas, a mais utilizada é a semente de mostarda.

 

Quais doenças podem ser tratadas e seus benefícios para a saúde?

A acupuntura auricular pode ser usada para tratar diversas doenças como distúrbios do sono, alterações menstruais, ansiedade, depressão, alergias, obesidade, dores articulares, dores na coluna, cefaléia, hipertensão arterial e distúrbios digestivos.

 A auriculopuntura também auxilia no tratamento de tabagismo e alcoolismo.


Suco desintoxicante com linhaça:
Ingredientes:
- 1 copo de suco de laranja
- 1 folha de couve
- 1 colher medida de farinha de linhaça
- ½ maçã
- raspas de limão
- Bater no liquidificador e servir.


Salada de Salmão, Fusilli e Abobrinha
Salada de Salmão Fusilli e Abobrinha

Ingredientes


- 50 g de salmão defumado
- 100 g de fusilli tricolori cozido
- 15 ramos de agrião
- 4 colheres (sopa) de abobrinha cozida em cubos
- 5 unidades de tomate pêra
- 1 colher (sopa) de azeite de oliva
- vinagre a gosto
- sal e pimenta a gosto
 

Modo de Preparo


Cozinhe o macarrão al dente. Cozinhe também a abobrinha em pouca água com sal. Numa tigela misture o sal, pimenta, azeite de oliva e vinagre. Numa saladeira distribua o agrião bem lavado, o macarrão, a abobrinha, o tomate pêra e o salmão defumado. Acrescente o tempero e misture levemente.
Serve 2 porções.
 

 
 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011


SAÚDE ALTERNATIVA - HOMEOPATIA & PRECONCEITO




Em todas as épocas, incomodados com posturas preconceituosas dos seus pares, pensadores e cientistas definiram esses julgamentos formados sem maior conhecimento dos fatos: “O preconceito é uma opinião não submetida à razão” (Voltaire); “Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito” (Einstein).

Apesar de a ciência ser uma área do conhecimento que busca estudar os fenômenos e seus princípios, devendo isentar-se de preconceitos para cumprir o seu ideal, o “orgulho científico” entorpece a mente dos pesquisadores, fazendo-os desprezar aquilo que desconhecem.

A história da humanidade está repleta de exemplos em que determinadas teorias consideradas “polêmicas” perante o modelo científico de uma época tornaram-se leis inquestionáveis no futuro, em vista do aperfeiçoamento dos métodos de investigação.

A cebola (Allium cepa) é um dos ingredientes básicos para um bom refogado. Mas também pode curar um resfriado comum. A tinta da sépia (Sepia officinalis) é imprescindível para fazer um delicioso arroz negro, mas também é recomendada para transtornos hormonais, da menopausa e menstruação.

O enxofre (sulphur) não serve só para matar os fungos das videiras, mas também para curar doenças da pele. E por aí vai. Nada menos que três mil substâncias de origem vegetal, animal e mineral são utilizadas pela homeopatia para curar patologias, sejam elas leves, graves ou crônicas.




Mas há cientistas e médicos para os quais a homeopatia – como terapia ou terapêutica natural – parece uma farsa. O Parlamento britânico, por exemplo, determinou em fevereiro que seu único efeito curativo era como placebo.

Fora isso, ninguém demonstrou como essas bolinhas açucaradas interagem no organismo e chegam a influenciar o curso de uma doença. Se é que influenciam ou interagem, porque a homeopatia desperta paixões e fobias, e suscita opiniões extremas. Ou é defendida radicalmente (no Reino Unido e na França ela faz parte do sistema de saúde pública) ou é caluniada. Não há meio termo.

No máximo, pode-se encontrar algum médico que seja cético de forma não usual.

A medicina homeopática se baseia no princípio da semelhança, ou seja, uma mesma substância responsável por determinados sintomas também pode aliviá-los ou neutralizá-los, sempre e quando for administrada de forma correta (o semelhante cura o semelhante). Por exemplo, a cebola provoca lágrimas e irritação na garganta, mas abrevia um resfriado comum.

A cafeína produz insônia ou taquicardias, mas também pode induzir a um ritmo cardíaco normal.

Esta reação acontece porque a substância está presente nos medicamentos em doses infinitesimais, que são obtidas mediante processos de potencialização ou dinamização (várias sacudidas da diluição).

Mas a origem da polêmica sobre a sua eficácia está no fato de a diluição ser tão pronunciada que às vezes não resta uma só molécula do princípio ativo original.

Por esse motivo, Joan Ramon Laporte, chefe do serviço de farmacologia do hospital de Vall d’Hebron de Barcelona, refere-se aos medicamentos homeopáticos como “a medicina da água”. “Para começar, eles não contêm nada porque a concentração do suposto princípio ativo é infinitesimal.

E quando dividimos alguma coisa por infinito, o resultado é nada.

Não há um princípio ativo que desencadeie uma resposta fisiológica no organismo que melhore seu estado de saúde”, conclui.
Entretanto, Luc Montagnier, que ganhou o prêmio Nobel de Medicina em 1998 por ter descoberto o vírus da imunodeficiência humana (HIV), não compartilha dessa opinião: “Observou-se que certas diluições em água nas quais não resta nenhuma matéria ainda assim registram vibrações.

Esta diluição pode reconstruir a informação genética da matéria. É uma informação instrutiva da qual a homeopatia não pode esquecer, embora muitos críticos digam que não há nada. Mas há alguma coisa.

Nós demonstramos a água tem estruturas que são induzidas por vibrações eletromagnéticas.” Por causa dessa descoberta, os médicos homeopatas sustentam que a reação que acontece no organismo não é química, como acontece com os medicamentos alopáticos, mas sim de caráter físico, mas continuam sem esclarecer como ela atua.

“Os estudos científicos que foram apresentados e que demonstram que a homeopatia tem um efeito superior ao do placebo evidenciam que é isso que acontece, que nosso organismo reage ao medicamento.

Nós demonstramos que o princípio da semelhança existe e funciona”, rebate Assumpta Mestre, que dirige a seção de homeopatia do Colégio de Médicos da Catalunha.
Mas Montagnier acrescenta: “Física ou química? É mais complicado. Mas é verdade que é possível explicar o efeito dos medicamentos depois da diluição pelo fato de que a estrutura da água pode continuar representando a molécula.

A água pode conservar a forma e a informação do princípio ativo da molécula”. Essa teoria explicaria a influência dessa substância primitiva sobre o organismo, ainda que não reste nenhuma só molécula da original.
“Os mecanismos de ação dos medicamentos homeopáticos são muito variáveis. O que conhecemos sobre a atuação da aspirina é muito diferente do que sabíamos há 30 anos.

O importante é que a substância cure, como ela consegue isso é secundário”, acrescenta Antonio Marqués, também médico homeopata com consultório nas Ilhas Canárias. Por outro lado, Joan Ramon Laporte, responde: “Encontrar uma pegada no local de um crime pode dar informações sobre o tipo de sapato ou o peso do indivíduo, mas não prova quem foi o assassino.

Na homeopatia, acontece o mesmo: uma pessoa pode se curar por uma simples probabilidade estatística, mas isso não demonstra que tenha sido graças ao que tomou”.
Na Espanha, calcula-se que três mil clínicos gerais, 2 mil pediatras e 4.600 médicos de outras especialidades prescrevam medicamentos homeopáticos.

“Há 20 anos que me dedico à homeopatia. Sou formada em medicina e não paro de ampliar meus conhecimentos nesta área.

Você acha que se não houvessem provas e evidências de sua eficácia eu teria passado duas décadas exercendo-a? Pelo amor de Deus, eu sou médica, e não uma bruxa com minhas bolinhas”, defende-se Maite Bravo, que dirige o mestrado em homeopatia na Universidade de Barcelona, um programa de dois anos que começou em 1995 e exige 320 horas de aula e 140 de prática. Só podem se matricular médicos, veterinários ou estudantes do último ano de medicina.

Neste ano também começou o mestrado na Universidade de Sevilha, com 500 horas-aula. Tanta formação para uma terapia que é vilipendiada por alguns? “Sim, as pessoas que criticam a homeopatia o fazem por puro desconhecimento. Nós trabalhamos com três mil medicamentos, dos quais usamos 250 a 300 com mais frequência, porque cada indivíduo requer um tratamento personalizado. Se não, não funciona”, acrescenta Bravo.
Um homeopata dedica a seus pacientes uma média de 30 a 60 minutos por consulta porque seu objetivo é encontrar a origem real da doença e muitas vezes ela não é de caráter físico, mas sim psicológico, de sua força vital. “Uma doença não é um fato isolado, é preciso conhecer muito bem o doente”, explica Bravo, que reconhece que os médicos tradicionais também curariam mais seus doentes nos ambulatórios se dessem a eles 30 minutos de atenção,
em vez dos 5 ou 10 minutos habituais.
A Sociedade Catalã de Medicina Familiar e Comunitária elaborou um documento no qual recomenda o tratamento homeopático para 30 patologias diferentes. Por exemplo, síndromes gripais, infecções das vias respiratórias, fibromialgia, fatiga crônica, otite, asma, depressão ou insônia.

O documento garante, inclusive, que no caso de infecções por HIV a homeopatia produz um aumento dos CD4 e dos linfócitos T. A orientação assegura que esses medicamentos têm poucos efeitos colaterais, mas adverte que só podem ser prescritos por pessoas graduadas em medicina e formadas em homeopatia.
Trata-se apenas de uma recomendação, uma vez que a Espanha não tem uma norma sobre o exercício da homeopatia, ao contrário do que acontece na França, Alemanha e Reino Unido, onde a homeopatia faz parte da saúde pública e existem hospitais especializados.

Na Espanha, a homeopatia só é reconhecida como prática médica. Primeiro foi o Congresso dos Deputados, em setembro, que a aprovou por unanimidade.

Três meses depois, a Organização Médica Colegial (OMC) tomou a mesma decisão. “A homeopatia exige um diagnóstico prévio, uma indicação terapêutica e precisa ser realizada por pessoal especializado em centros de saúde devidamente autorizados”, aponta Cosme Naveda, coordenador da área de terapias médicas não convencionais da OMC.

Naveda se define como um cético: “eu não me dedico a isto, faço visitas num ambulatório, mas na medicina é possível causar danos ao paciente por ação ou omissão. Na homeopatia, com certeza não é por ação, porque não há efeitos colaterais, mas se não for feito um diagnóstico claro, pode-se ignorar um problema e postergar seu tratamento.”
A Catalunha foi a única comunidade que se atreveu a regular o exercício das terapias naturais, incluindo a homeopatia, mas o Tribunal Superior de Justiça derrubou o decreto em junho de 2007 por invasão de competências do governo central.

A Academia Médico-Homeopática de Barcelona recorreu da norma porque ela permitia que qualquer pessoa, sem ser médico, exercesse a especialidade, uma vez demonstrada sua formação.

Na sentença, os juízes escreveram: “não falta motivo aos recorrentes quando afirmam que o decreto equivale a autorizar que pessoas não formadas em Medicina possam receitar medicamentos homeopáticos antes de diagnosticar as doenças.”
Josep Davins, subdiretor de Recursos Sanitários da Catalunha, explica que os médicos entenderam mal a normativa, porque “não se pretendia regular a prática médica, mas sim a não-médica, e combater o exercício da profissão por pessoas não habilitadas.
Queríamos proporcionar segurança aos cidadãos”.

Em abril de 2008, o ministério da Saúde constituiu uma comissão com as comunidades autônomas para tentar legislar sobre o exercício das terapias naturais de forma harmônica. Mas as práticas são tão heterogêneas (homeopatia, acupuntura, osteopatia, plantas medicinais, etc.) que por enquanto a comissão só compilou a legislação europeia sobre o assunto.

Na França e na Alemanha, a homeopatia está reservada exclusivamente aos médicos, e no Reino Unido há quatro hospitais homeopáticos na rede pública (Londres, Bristol, Liverpool e Glasgow). Entretanto, em fevereiro, uma comissão do Parlamento britânico pediu que o governo retirasse os 4,5 milhões de euros que esta medicina alternativa custa ao serviço nacional de saúde, por considerar que a homeopatia carece de consistência médica. Mas o governo trabalhista britânico negou-se a isso.

“Aqui, na Espanha, se você entrasse num hospital e pedisse um tratamento homeopático, receberia alta em dois minutos”, queixa-se Bravo. “Quantos anos a humanidade viveu sem saber por que as maçãs caíam até que Newton o explicasse? É o mesmo caso”, acrescenta Assumpta Mestre.
Mas, convincente ou não, a homeopatia conta cada dia com maior número de adeptos, não só entre os pacientes, mas também entre os médicos. O número de pediatras que optam por esses tratamentos disparou nos últimos anos, sobretudo por conta da segurança dos medicamentos e da facilidade em administrá-los.

E sim, tratam-se de medicamentos, e não de balinhas, segundo todas as normas europeias e a Agência Espanhola de Medicamentos. Como tal, são vendidos em farmácias. “Efetivamente, estamos falando de medicamentos com eficácia demonstrada por meio de estudos científicos e testes, da mesma forma que acontece com os medicamentos convencionais, os alopáticos”, comentam representantes da Agência Espanhola do Medicamento.
Se não, não estariam no mercado.
Fonte: Jornal El País


LIVROS QUE AJUDAM:
















20 DE NOVEMBRO DIA DA HOMEOPATIA!!!




SALADA ENERGÉTICA...
 

INGREDIENTES
1 pé de endivia
1 pé de alface roxa
1/2 pé de alface romana
1/2 pé de alface crespa ou mimosa
1/2 pé de radicchio
1 cenoura grande ralada
1 beterraba grande ralada
6 figos descascados e cortados em 4
2 carambolas fatiadas
12 unidades de mussarela de nozinho
100 g de salmão defumado cortado em tirinhas
1 col. (chá) de dill fresco picadinho
2 col. (sopa) de sementes de linhaça
Molho Liza Balsâmico

MODO DE PREPARO:
Lave e seque bem todas as folhas e rasgue-as em pedaços médios.

Disponha as folhas numa saladeira.Coloque em círculos as frutas, a cenoura e beterraba raladas, os nozinhos de mussarela e as tirinhas de salmão. Acrescente o dill. Finalize com as sementes de linhaça. Sirva com Molho Liza Balsâmico a gosto.

Dica: Utilize folhas e frutas de sua preferência. Utilize granola salgada no lugar da linhaça.Você pode utilizar presunto ou peito de peru no lugar do salmão.

ARROZ DOCE DIET




  • 1 colher de sobremesa de margarina
  • 1 xícara (chá) de arroz
  • 2 xícaras (chá) de água
  • Canela em pau a gosto
  • 3 xícaras (chá) de leite desnatado
  • 1 colher (sopa) de maisena
  • 32 colheres dosadoras de adoçante em pó
  • Canela em pó para polvilhar
  • Casca de laranja para decorar.



  • MODO DE PREPARO
    1. Leve uma panela ao fogo com a margarina e o arroz e deixe fritar um pouco
    2. A seguir, misture a água e deixe cozinhar
    3. Quando estiver cozido, adicione a canela em pau e o leite misturado com a maisena e deixe ferver
    4. Retire do fogo, misture o adoçante e deixe esfriar
    5. Coloque em taças, polvilhe com a canela e decore com casca de laranja.


    sexta-feira, 18 de novembro de 2011

    NR - 11
    Fatores de risco para hipertensão arterial: investigação em motoristas e cobradores de ônibus
    Risk factors to high blood pressure: inquiry with bus drivers and collectors

    Estudo transversal com objetivo de investigar fatores de risco cardiovascular em motoristas e cobradores de ônibus e analisar a relação dos valores de pressão arterial e glicemia com demais fatores de risco.

    Realizado em Fortaleza-Ceará, em 2005, mediante entrevista e avaliação antropométrica, glicêmica e medida da pressão arterial com 124 motoristas e 96 cobradores.

    Verificou-se valores da pressão arterial limítrofes ou alterados em 49,2; 72,9 comásobrepeso e obesidade; 87,3 sedentários; 53,4 ingeriam bebida alcoólica; e 73,6 consumiam gordura animal.

    Encontrou-se correlação estatisticamente relevante entre consumo de gordura animal e valores médios elevados de pressão arterial sistólica e entre consumo reduzido do sal, glicemia e pressão arterial diastólica. Isso sugere dificuldade para avaliar este aspecto a partir da informação do participante.
    Evidenciou-se presença de significativos fatores de risco cardiovascular, o que indica a necessidade da implementação de ações educativas visando especialmente o desenvolvimento de atividades físicas e alimentação adequada.(AU)




    This cross-sectional study aims at both investigating cardiovascular risk factors to workers from an urban transport company and analyzing the relation of blood pressure values and glucose with other risk factors. It was carried out in Fortaleza-Ceará, Brazil, in 2005, by means of interviews and anthropometric evaluation, glucose evaluation, and blood pressure measurements with 124 drivers and 96 collectors. Results demonstrated that 49.2 had borderline or modified blood pressure values; 72.9 were overweight and obese; 87.3 were sedentary; 53.4 ingested alcohol; and 73.6 ate animal fat. There was significant statistic correlation between consumption of animal fat and increased mean values of systolic blood pressure as well as between reduced consumption of salt, and glucose and diastolic blood pressure. This specific aspect is difficult to evaluate on the basis of the information provided by the participant. As significant cardiovascular risk factors were evinced, implementation of educative actions is suggested, aiming at the development of physical activities and proper dieting.(AU)

    Estudio transversal con objetivo de investigar los factores de riesgo cardiovascular en trabajadores de autobús y analizar la relación de los valores de la presión arterial y glucemia con los demás factores de riesgo. Desarrollado en Fortaleza-Ceará-Brasil, en 2005, mediante entrevista y evaluación antropométrica, de la glucemia y medida de la presión arterial con 124 motoristas y 96 cobradores. Los resultados demostraron que 49,2 presentaba valores de presión sanguínea límites o alterados; 72,9 tenían sobrepeso y obesidad; 87,3 no desarrollaban actividad física; 53,4 ingerían bebida alcohólica; y 73,6 consumían grasa animal. Fue encontrada correlación estadística significante entre el consumo de grasa animal y los valores medios elevados de presión arterial sistólica y entre consumo reducido de sal, glucemia y presión arterial diastólica. Eso sugiere dificultad para evaluar este aspecto a partir de la información del participante. Se evidenció que hay significativos factores de riesgo cardiovascular, que indican la necesidad de actividades educativas que planteená especialmente el desarrollo de actividades físicas y alimentación adecuada.(AU)

    CULINÁRIA SAUDÁVEL...



    PREFIRA OS ASSADOS E GRELHADOS MOTORISTAS, MODERE OU SUBSTITUA O ARROZ COM FEIJÃO POR LEGUMES E VERDURAS DE SUA PREFERENCIA, USE AZEITE DE OLIVA OU ÓLEO DE CANOLA EM VEZ DE ÓLEO NORMAL. TENHA TUDO BEM TEMPERADO PORÉM O SAL APENAS SALPICADO POR CIMA DE LEVE PARA FICAR PERFEITO O SABOR NO SEU PALATO.
    E...BOM APETITE!!!  

    SAÚDE ESPIRITUAL...

    sábado, 12 de novembro de 2011

    ARRITMIAS CARDÍACAS E SUA RELAÇÃO COM O TRABALHO...

    CONCEITO: As arritmias cardíacas constituem um grupo de anormalidades do ritmo cardíaco que podem ser classificadas em distúrbios da formação de impulsos, distúrbios da condução de impulsos ou ainda pela combinação dos dois mecanismos eletrofisiológicos.
    As arritmias podem cursar assintomáticas. A capacidade de percepção da arritmia varia de pessoa para pessoa. A principal manifestação é a palpitação, que pode aparecer sem que nenhum distúrbio do ritmo cardíaco seja identificado. Dependendo da repercussão hemodinâmica, pode ocorrer hipotensão arterial, tonteira, síncope e insuficiência cardíaca congestiva. A morte súbita pode sobrevir após o desencadeamento de taquiarritmias ventriculares, frequentemente, relacionadas à doença isquêmica do coração.
    A anamnese e o exame físico são úteis na suspeição e na detecção das arritmias e no diagnóstico da cardiopatia subjacente. O eletrocardiograma de repouso e a monitorização ambulatorial pelo Holter são os exames básicos para a confirmação do diagnóstico. Os estudos eletrofisiológicos invasivos são usados em casos especiais para determinar o diagnóstico e o mecanismo eletrofisiológico envolvido.

    Ele pode ter finalidade terapêutica na ablação por cateter de vias ou focos anômalos responsáveis pela arritmia. O teste da inclinação (tilt test) está indicado na avaliação da síncope por mediação neural. O teste ergométrico é útil na investigação de arritmias secundárias à doença isquêmica do coração e o ecodopplercardiograma deve ser utilizado para a detecção de cardiopatia subjacente e avaliação funcional, fatores importantes para o prognóstico e na tomada da decisão terapêutica. A investigação laboratorial contribui na identificação de distúrbios hidro-eletrolíticos e alterações metabólicas que podem desencadear ou agravar a arritmia.

     
    As principais causas de origem cardíaca das arritmias, em adultos, são a doença isquêmica do coração, a cardiopatia hipertensiva, as miocardiopatias, a doença de Chagas, a doença reumática e as lesões valvulares, as síndromes de pré-excitação ventricular e as cardiopatias congênitas. Doenças do Sistema Nervoso Central _SNC, pneumopatias com insuficiência respiratória e hipóxia tissular, doenças sistêmicas, infecciosas e parasitárias com alterações metabólicas e distúrbios hidro-eletrolíticos, medicamentos (inclusive os antiarrítmicos), fumo, ingestão excessiva de álcool e cafeína, cocaína e outras drogas estimulantes do SNC, também, são causas comuns de arritmias cardíacas.
    A exposição ocupacional a substâncias tóxicas pode desencadear arritmias cardíacas, em alguns casos com mecanismos fisiopatológicos bem definidos. A intoxicação pelo monóxido de carbono prejudica o transporte de oxigênio pelo sangue e diminui a sua liberação tissular produzindo hipóxia.


    Foi demonstrado que o monóxido de carbono diminui o limiar de fibrilação ventricular em animais de experimentação (Aronow et al, 1979). Distúrbios da formação dos impulsos (extrassístoles atriais e ventriculares, fibrilação atrial, fibrilação ventricular) e distúrbios da condução (bloqueio infranodal e intraventricular, prolongamento do intervalo QT) foram relatados (Onvlee-Dekker et al, 2007; Marius-Nunez, 1990; Wu et al, 2009). O eletrocardiograma pode mostrar alterações da repolarizaçào ventricular sugestivas de isquemia ou infarto do miocárdio, além de vários tipos de arritmia (McCunney, 1988; Benowitz, 1990).
    A hemólise maciça, causada pela arsina, produz hipercalemia e suas alterações eletrocardiográficas características, podendo resultar em parada cardíaca. Entre as alterações eletrocardiográficas já encontradas notam-se distúrbios de condução, bloqueios atrioventriculares de vários graus e assistolia (Benowitz, 1990; Benowitz, 1992).
    A exposição crônica aos nitratos promove vasoconstrição arterial compensatória, mediada por resposta do sistema nervoso simpático e por ativação do sistema renina-angiotensina. Se a exposição aos nitratos é cessada, prevalece a ação destes sistemas compensatórios (sistema nervoso simpático e sistema renina-angiotensina), que deixam de ser contrapostos pela ação dos nitratos, levando à isquemia miocárdica e arritmias cardíacas, manifestadas clinicamente por angina pectoris, infarto do miocárdio e morte súbita (Vigliani et al, 1968; Benowitz, 1990; Benowitz, 1992.
    Numerosos casos de arritmias cardíacas e morte súbita, presumivelmente devido a arritmias, têm sido descritos em pessoas expostas a solventes e propelentes no ambiente de trabalho (Bass, 1970; Rosenman, 1984; McCunney, 1988; Robinson, Kuller e Perper, 1988; Benowitz, 1992). Foram descritos dois casos de fibrilação atrial e um caso de morte súbita em trabalhadores expostos a trifluorotricloroetano. Este agente e os hidrocarbonetos halogenados são usados como solventes industriais e estão associados a arritmias ventriculares e morte súbita após inalação em concentrações excessivas (Kaufman et al, 1993).


    O tolueno é um solvente industrial, largamente usado pelos dependentes químicos, que pode provocar morte súbita durante a inalação, devido a arritmias cardíacas (Cruz et al, 2003). O tetracloroetileno também é arritmogênico (Xiao e Levin, 2000). Os solventes e propelentes produzem seus efeitos cardiotóxicos por dois mecanismos distintos, dependendo da dose a que o trabalhador está exposto. Em baixas doses, estas substâncias têm a capacidade de aumentar a sensibilidade do coração para os efeitos arritmogênicos das catecolaminas (Morris et al., 1953; Rosenberg, 1990).

    Vários solventes, especialmente os hidrocarbonetos halogenados, podem causar algum grau de sensibilização miocárdica aos efeitos da epinefrina. (Hoffmann et al, 1994). Alguns autores acham que esta sensibilização decorre de um efeito depressor no automatismo cardíaco, levando a uma incapacidade do sistema de condução de aumentar a frequência cardíaca, favorecendo o aparecimento de focos ectópicos (Smith et al, 1962).

    O fato é que a quantidade de epinefrina necessária para produzir taquicardia ou fibrilação ventricular é menor, quando existe a exposição a baixas doses de solventes e propelentes. Este mecanismo é provavelmente a causa mais importante de toxicidade cardiovascular da exposição ocupacional aos solventes, que podem causar arritmias fatais em seres humanos expostos a doses elevadas (Xiao e Levin, 2000).

    Quando há altos níveis de exposição, estas substâncias podem deprimir a atividade do nó sinusal e causar bradicardia sinusal e até parada cardíaca ou podem deprimir a condução atrioventricular, causando bloqueios de vários graus (Benowitz, 1992). Em alguns casos pode haver ambas as manifestações.
    Indivíduos intoxicados por solventes e propelentes podem apresentar palpitações, síncope, hipotensão arterial e arritmias cardíacas. Convulsões, coma e parada cardíaca ocorrem em casos de intoxicação grave. Trabalhadores cardiopatas e que apresentam doença pulmonar crônica com hipoxemia são mais suscetíveis aos efeitos arritmogênicos destas substâncias.

    Entre as arritmias descritas, incluem-se: contrações atriais e ventriculares prematuras, taquicardia supraventricular, taquicardia ventricular recorrente, extra-sístoles ventriculares e supraventriculares, fibrilação atrial, fibrilação ventricular, bradicardia sinusal, bloqueios atrioventriculares e assistolia (Benowitz, 1990; Gasakure e Massin, 1991; Benowitz, 1992). Como um dos mecanismos de arritmia é devido às ações das catecolaminas, as drogas de escolha para o tratamento das taquiarritmias são os bloqueadores beta-adrenérgicos.
    O diagnóstico da intoxicação por inseticidas organofosforados e carbamatos é feito através da anamnese e a confirmação laboratorial é feita pela dosagem da acetilcolinesterase. Resulta em acúmulo de acetilcolina, podendo provocar taquicardia decorrente da estimulação de receptores nicotínicos ou bradicardia secundária à estimulação de receptores muscarínicos.

    Devido a uma alteração na condução elétrica, causada por estes praguicidas, podem ocorrer alterações eletrocardiográficas (Ludomirsky et al, 1982, Benowitz, 1990). Arritmias ocorreram em 9% dos casos de intoxicação de crianças por inseticidas anticolinesterase. As principais causas de mortalidade foram as arritmias e a insuficiência respiratória (Verhulst et al, 2002).

    A intoxicação por organofosforados pode precipitar arritmias ventriculares complexas, um aspecto frequentemente negligenciado e potencialmente letal dessa condição. Os efeitos agudos consistem em alterações eletrocardiográficas do segmento ST-T e distúrbios da condução AV de graus variados, enquanto que os efeitos tardios incluem o prolongamento do intervalo QT, taquicardia polimórfica (Torsades de pointes) e morte súbita cardíaca.

    O acompanhamento cardiológico dos pacientes intoxicados por organofosforados durante períodos relativamente longos após a intoxicação e o tratamento agressivo e precoce de arritmias podem ser a chave para a melhor sobrevivência (Bar-Meir et al, 2007). Outras alterações descritas são fibrilação atrial e infradesnivelamento do segmento ST (Namba et al, 1970), alterações de repolarização e BAV 1º grau (Ludomirsky et al, 1982; Benowitz, 1990).

    O uso terapêutico de compostos antimoniais para tratamento de infecções parasitárias provoca, entre outros efeitos colaterais, alterações eletrocardiográficas (mais comumente alterações de onda T e prolongamento do intervalo QT), e pode ter causado morte súbita em alguns pacientes (Benowitz, 1990; Benowitz, 1992). Em trabalhadores expostos ao trissulfeto de antimônio, casos de morte súbita e alterações eletrocardiográficas também já foram descritos (Rosenman, 1984; Gasakure e Massin, 1991; Benowitz, 1992). A reavaliação algum tempo depois, de alguns trabalhadores expostos ao antimônio, nos quais foram encontradas alterações eletrocardiográficas e foi cessada a exposição, verificou que, em 21% deles, as alterações persistiam (Kristensen, 1989; Gasakure e Massin, 1991). O antimônio causa, basicamente, distúrbios da condução, distúrbios da repolarização e distúrbios do ritmo cardíaco (Rosenstock e Cullen, 1986; Gasakure e Massin, 1991).
    Além da hipertensão arterial, outros distúrbios cardiovasculares podem ser observados na intoxicação pelo chumbo. Há na literatura relatos de alterações eletrocardiográficas (Rosenman, 1984) e de casos de miocardite, que se apresentaram com bradicardia, distúrbios de repolarização e bloqueio atrioventricular de primeiro grau (Read e Williams, 1952; Myerson e Eisenhauer, 1963). Uma revisão de literatura publicada em 2007 concluiu que a evidência é sugestiva mas não suficiente para estabelecer uma relação causal entre a exposição ao chumbo e a variabilidade de frequência cardíaca (Navas-Acien et al, 2007). Alterações eletrocardiográficas também são descritas em casos de intoxicação por mercúrio (Rosenman, 1984), arsênico e cobalto.
    Os protocolos de procedimentos médico periciais em doenças profissionais e do trabalho, elaborados pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, consideram que entre as arritmias cardíacas relacionadas com o trabalho que poderiam ser classificadas no Grupo I Schilling (trabalho como causa necessária), estariam aquelas que ocorrem em exposições ocupacionais bem definidas, como é o caso das substâncias químicas tóxicas acima mencionadas. A monitorização eletrocardiográfica de 24 horas (Holter) durante a jornada de trabalho é um instrumento útil para o diagnóstico de arritmia cardíaca relacionada ao trabalho, devendo ser feita concomitantemente com a monitorização ambiental e biológica da substância suspeita de exposição ocupacional.
    PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA _ PCR
    PCR é definida como a interrupção súbita da atividade mecânica ventricular, útil e suficiente, e da respiração. Caracteriza-se pela abrupta perda da consciência secundária à cessação do fluxo sanguíneo cerebral. A morte encefálica ocorre quando há lesão irreversível do tronco e do córtex cerebral, por injúria direta ou falta de oxigenação, por um tempo, em geral, superior a 4 minutos, em adultos, em condições de normotermia.

    Quando o evento inicial é a parada cardíaca, movimentos respiratórios podem persistir por um ou dois minutos. Na parada respiratória secundária à obstrução das vias aéreas por corpo estranho, a vítima apresenta cianose, podendo manter-se consciente e com batimentos cardíacos e pressão arterial preservados por alguns minutos. Nesse caso, a desobstrução das vias aéreas e o suporte ventilatório pode ser tudo o que o paciente necessita para se recuperar.
    As principais causas de PCR, em adultos, são a doença coronariana (angina instável, infarto do miocárdio), as miocardiopatias (hipertóficas e dilatadas), a doença de Chagas, as lesões valvulares (estenose aórtica), as arritmias cardíacas (síndrome do intervalo QT longo, síndrome de Wolff-Parkinson-White com episódios de fibrilação atrial), as convulsões, as pneumopatias, a obstrução de vias aéreas, a depressão respiratória por overdose de drogas (cocaína, álcool) e medicamentos, hemorragia no sistema nervoso central e distúrbios hidro-eletrolíticos, entre outras (American Heart Association, 2005).
    A PCR pode estar diretamente relacionada ao trabalho nos casos de intoxicações agudas e eletrocussão. Os acidentes provocados pela eletricidade constituem parcela importante entre os acidentes do trabalho, devido ao potencial de gravidade das queimaduras, arritmias graves e parada cardíaca. Os trabalhadores de alto risco são os eletricitários, operadores de máquinas elétricas e industriários.

    A eletrocussão provoca alterações das miofibrilas, focos de necrose, lesões miocárdicas focais ou extensas, degeneração miocárdica, derrame pericárdico com ou sem tamponamento cardíaco. A extensão das lesões é proporcional à intensidade e duração da descarga elétrica, mas correntes de baixa voltagem (110V ou menos) podem desencadear fibrilação ventricular e parada cardíaca.

    Após uma eletrocussão podem ocorrer ectopias atriais e ventriculares, taquicardia sinusal, bradicardia, alterações do segmento ST, achatamento ou inversão da onda T, distúrbios da condução, isquemia miocárdica, infarto não Q, corrente de lesão, fibrilação ventricular, torsades de pointes, edema agudo dos pulmões, embolia cerebral ou pulmonar e parada cardíaca. Após a recuperação, a vítima deve ser observada com a monitorização do ritmo cardíaco durante 48 a 72 horas (Oliveira e Silva, 1998).
    Entre as substâncias tóxicas cuja intoxicação grave pode cursar com parada cardiorrespiratória estão os solventes (Kaufman et al, 1993), o monóxido de carbono e outros agentes potenciais causadores de arritmias cardíacas. Além disso, a PCR pode ocorrer no ambiente de trabalho, independentemente de estar ou não relacionada com ele. A equipe de saúde ocupacional deve estar preparada para o atendimento dessa emergência e deve treinar os trabalhadores nos procedimentos básicos de reanimação cardiorrespiratória durante o programa de treinamento em primeiros socorros.