INTRODUÇÃO
Queimaduras são lesões provocadas por diversos agentes físicos, tais como o
calor, a eletricidade (natural ou industrial), elementos corrosivos, radiação e
o frio (denominadas "geladuras", causadas pela falta de circulação em
determinado lugar do corpo, levando à gangrena). Porém, destacam-se neste estudo
as queimaduras causadas pelo agente calor.
1. Queimaduras causadas pelo agente físico "calor"
As queimaduras causadas pelo calor podem ser produzidas pelos seguintes elementos:
a) Objetos sólidos super aquecidos - A queimadura geralmente determina o objeto que provocou a ferida
(ex: escapamento de motocicleta; ferro elétrico);
b) Líquidos superaquecidos - Os líquidos quando queimam provocam
queimaduras peculiares, pois este escorre dando a idéia da posição da pessoa em
relação ao solo;
c) Gases super aquecidos - Gases combustíveis - Não têm forma definida,
geralmente tem grande extensão e provoca alguma espécie de contusão;
d) Chama - Geralmente a queimadura tem um movimento para cima do corpo da
vitima. Esta espécie de queimaduras evidencia o histórico do acidente, pois
deixa marcas as quais permitem verificar como ocorreu.
Observação: Nenhuma queimadura é exatamente de uma forma única, o que existe
são formas características de maneira que facilitar a determinação do agente
causador da queimadura.
Portanto, através da aparência da lesão sabe-se como ocorreu a queimadura: o
objeto sólido deixa a marca de seu formato na lesão, o líquido escorre pelo
corpo da vítima, o vapor se condensa e a chama queima acima do ponto onde houve
o contato, ou seja, segue a tendência de subir[1].
A maior parte das queimaduras ocorrem por acidentes domésticos, seguido pelos
acidentes de trabalho, envolvendo
automóveis e manipulação de objetos. É mais raro encontrar queimaduras
em homicídios dolosos (tendo em vista a dificuldade de atear fogo na vítima),
são mais comuns nos homicídios culposos (incêndios criminosos). Ainda, é muito
raro acontecer suicídio por queimaduras (e.g.: protestos de monges tibetanos que
atearam fogo em si próprio tendo em vista a invasão da China no Tibet).
1.1. Grandes incêndios
Nos grandes incêndios, as pessoas, em geral, não morrem queimadas, pois a
fuligem produzida pela combustão dos materiais leva à morte por asfixia. Na
maior parte dos casos, ocorre o cadáver encontra-se carbonizado, porém, a causa
da morte foi asfixia.
Nesses casos, a alta temperatura do ar no ambiente incendiado queima as vias
aéreas, a fumaça e a fuligem com partículas de materiais é aspirado até o pulmão
e a grande quantidade de CO2 no pulmão impede a troca gasosa no sangue. Com
isso, atinge-se a morte por asfixia mecânica (pulmão entupido de resíduos) ou
física (pela falta de O2). Observação: Há casos de pessoa que se
salvam do incêndio, mas há a possibilidade de ficar com seqüelas graves,
dependendo do material que foi queimado.
Dentro desse contexto, a asfixia pode ser: (i) mecânica stricto sensu
ou (ii) por envenenamento, causado por excesso de CO2 no sangue.
Ainda, a asfixia mecânica pode ser direta (e.g.: estrangulamento) ou indireta,
pela aspiração de um corpo estranho.
Para se averiguar a causa da morte nessa hipótese – queimadura ou asfixia –
existem diversos procedimentos: (i) retirada de sangue do coração, pois se nele
houver CO2 indica que a causa da morte foi asfixia, se houver O2
a morte se deu por queimaduras; (ii) exame do pulmão, pois a superfície do
pulmão asfixiado apresenta o sinal de Tardieu, pontos vermelhos escuros,
devido ao rompimento dos vasos sangüíneos dos alvéolos, provocados pelo esforço
do indivíduo asfixiado para respirar; (iii) exame da reação vital, segundo o
qual, se o sangue da lesão contiver glóbulos brancos (eritrócito) e fatores de
coagulação, é sinal de que a lesão ocorreu enquanto a pessoa estava viva[2].
A variação e a prova da relação de causalidade do incêndio e o falecimento da
vítima é uma cadeia única de eventos jurídicos a serem avaliados para verificar
a imputação de responsabilidade civil e penal.
Na lesão corporal seguida por morte, a pessoa sofre uma série de queimaduras,
o que acaba levando à sua morte. Sempre a lesão deve ser mensurada conforme sua
classificação no art. 129 do CP.
2. Classificação
As queimaduras classificam-se segundo duas variáveis:
a) por quantidade de calor: quanto mais calor, mais intensa a
queimadura;
b) por tempo de exposição: quanto maior o tempo de exposição,
maior a queimadura.
Observação: Há o caso em que a quantidade de calor é tamanha, que a mínima
exposição ao calor já provoca a queimadura.
Estão ligados a equação de quantidade de calor e tempo de
exposição.
2.2. Graus de queimaduras, segundo Lussena/Hofmann
Academicamente, fala-se em 4 graus de queimaduras:
(i) Queimadura de 1° grau – Há apenas a formação de eritema (uma simples
vermelhidão) como característica. É passageira, deve desaparecer em 24 horas. A
pele fica vermelha, pois no momento em que o local é queimado, ocorre um grande
afluxo de sangue no local como resposta do corpo para esfriar a região que esta
sendo queimada. Toda vez que há uma exposição leve formando o eritema será
queimadura de primeiro grau. Apenas atinge a epiderme;
(ii) Queimadura de 2° grau - Há o flictema que são vesículas com líquido
seroso, vulgarmente chamada de "bolhas". Geralmente há uma região de queimaduras
de primeiro grau em torno da queimadura de segundo grau. Forma-se quando, com o
calor, o sangue é direcionado para resfriar o local, e o soro – em razão do
calor – extravasa das veias, formando a bolha.
(iii) Queimadura 3° grau - Há a perda da pele e tecidos subcutâneos. A lesão
é chamada de escara, havendo a exposição do tecido subjacente podendo até haver
a exposição do osso; há pedaços carbonizados. Geralmente ocorre pelo contato com
objetos sólidos, que arrancam a pele. A escara pode ser classificada como lesão
corporal gravíssima, pois atinge a proteção do corpo, ficando sujeito à germes
no ambiente, o que explica o alto índice de mortes de queimados por septicemia
(infecção generalizada). A cicatriz em geral é escura em forma de pergaminho
(efeito de pergaminhamento da pele, pois há a perda da elasticidade da pele). O
pergaminhamento ocorre porque a cicatrização é defeituosa. A cicatriz é
acastanhada (é mais intensa quando há pigmentação da pele é muito forte), tem
pergaminhamento, é radiada (indica um centro em que a pele foi repuxada).
(iv) Queimadura de 4° Grau - em razão da alta temperatura, o carbono presente
no organismo se queima, criando uma lesão de tonalidade escura, a carbonização.
Pode ser total ou parcial:
a) Carbonização total - A carbonização é uma exposição da vítima por tanto
tempo que provoca a combustão do elemento químico carbono presente no corpo, ou
seja, a carbonização é a perda do elemento químico carbono no local em que a
pessoa foi atingida. Há a desidratação intensa da pele, ocorrendo o seu
repuxamento pela perda de água, retraindo os músculos, podendo ocasionar na
vitima a posição de "boxeador" (braços repuxados); a boca abre e os dentes
aprecem pelas queimaduras dos lábios dando a impressão que a pessoa morreu
gritando; ocorrem fraturas espontâneas, e desprendimentos das genitálias
masculinas;
b) Carbonização parcial - é possível que a pessoa sobreviva desde que a parte
carbonizada seja muito pequena e tenha sido removida.
O problema da queimadura não é o grau, mas a sua extensão. Há autores que
sustentam que até 30% do corpo de queimaduras pode ocasionar risco de vida.
Ainda, cremação não é um tipo de queimadura, é um destino do ser humano. O
forno deve estar a 1000°C pelo período mínimo de 45 minutos para ocorrer a
queima completa do corpo. A cremação exige uma série de requisitos para
autorização; ou uma declaração do "de cujus" relatando a sua
vontade.
CONCLUSÃO
Queimaduras são, segundo Eduardo Roberto Alcântara Del-Campo, "lesões
corporais produzidas pelo calor agindo diretamente sobre o organismo em qualquer
de suas formas. As mais comuns são aquelas causadas pelo fogo, líquidos em
ebulição e metais incandescentes"
São classificadas, segundo Lussena/Hofmann em quatro graus; ainda é possível
classifica-las com relação à extensão, podendo ser mais severas de acordo com a
área atingida, da importância vital desta área e o grau de
profundidade.
Fonte:
CROCE, Delton. Manual de Medicina Legal. 6ª edição, 2009.DEL-CAMPO, Eduardo Roberto de Alcântara. Medicina Legal. 2ª edição, SARAIVA, 2006.
GRECO, Rogério. Medicina Legal a Luz do Direito Penal e do Direito Processual Penal. 8ª edição, Impetus, 2009.
SALADA TROPICAL 7 porções - 270 Kcal/porção
Ingredientes
- 1 pé de alface americano
- 1 maço de agrião médio
- 400 g de ricota defumada
- 2 maçãs vermelhas com casca
- 1 cacho médio de uva Itália
- 1 cacho médio de uva rubi
- 1 maço de hortelã fresca
- suco de 5 laranjas
- 4 colheres (sopa) de azeite
- 1 colher (sopa) de shoyo
- 1 pitada de noz-moscada - 1 dúzia de tomates cerejas bem vermelhos
- sal a gosto
Modo de Preparo
Corte o alface à Juliana. Solte as folhas do talo do
agrião. Corte as uvas ao meio e retire as sementes.
Solte as folhas do hortelã. Triture a ricota
rusticamente (pedaços grandes). Corte as maçãs em
tiras e coloque-as numa cuba com água e suco de
1/2 limão (para que não escureça). Monte a salada numa
travessa ou numa saladeira. Distribua harmoniosamente
em camadas o alface, o agrião, a ricota, as maçãs, o
hortelã, as uvas e os tomates cereja inteiros. À parte
numa cumbuca, junte osuco das laranjas, o azeite, a
noz-moscada, o shoyo e o sal. Misture tudo e despeje
sobre a salada para servir.
HAPPY CHRISTMAS...- 1 pé de alface americano
- 1 maço de agrião médio
- 400 g de ricota defumada
- 2 maçãs vermelhas com casca
- 1 cacho médio de uva Itália
- 1 cacho médio de uva rubi
- 1 maço de hortelã fresca
- suco de 5 laranjas
- 4 colheres (sopa) de azeite
- 1 colher (sopa) de shoyo
- 1 pitada de noz-moscada - 1 dúzia de tomates cerejas bem vermelhos
- sal a gosto
Modo de Preparo
Corte o alface à Juliana. Solte as folhas do talo do
agrião. Corte as uvas ao meio e retire as sementes.
Solte as folhas do hortelã. Triture a ricota
rusticamente (pedaços grandes). Corte as maçãs em
tiras e coloque-as numa cuba com água e suco de
1/2 limão (para que não escureça). Monte a salada numa
travessa ou numa saladeira. Distribua harmoniosamente
em camadas o alface, o agrião, a ricota, as maçãs, o
hortelã, as uvas e os tomates cereja inteiros. À parte
numa cumbuca, junte osuco das laranjas, o azeite, a
noz-moscada, o shoyo e o sal. Misture tudo e despeje
sobre a salada para servir.
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